Todos os caminhos levam ao amor
Se todos os caminhos levavam a Roma, na antiguidade, hoje, todos os caminhos levam ao amor. Assim pensava aquela mulher, que adorava fazer este trocadilho: Roma/Amor.
E assim, vivia imaginando seu príncipe encantado, sonhando acordada no dia em que iria encontrar seu doce e prometido amado.
Quando isso acontecesse, tinha certeza que iria ser muito bom. Uma paixão lancinante, que rasgaria seu peito e explodiria em uma entrega sem fim, que mostraria para ela um outro mundo. Um mundo de prazeres e aventuras mil; sem barreiras, sem segredos.
Em sua busca incessante, tentava salas de bate-papo na internet, reuniões, baladas nos clubes da cidade, festas e até mesmo tentar pegar o buquê da noiva, em casamentos, que costumava ir com freqüência e, se emocionar a cada vez que ouvia dizerem “sim”.
Promessas para Santo Antonio já haviam sido realizadas aos montes e acreditava quer tudo isso iria ajudá-la, de alguma forma. Seus assuntos com as amigas versavam sempre a mesma coisa: a busca pelo amor de sua vida.
Um dia, caminhando distraidamente pelos trilhos ferroviários que cruzavam a cidade, viu em sua frente um homem que lhe acenava e gritava alguma coisa. Seu coração bateu mais forte. Como ao lado, uma composição muito grande passava, nada pode ouvir. Seus olhos só conseguiam ver aquele que ela jurava ser seu amado. Jamais vira homem tão belo quanto aquele. Sabia que o seu dia chegara. Sua respiração era descompassada. Havia encontrado seu grande amor e pensou: “como sempre disse, todos os caminhos levam ao amor”, ao se ver em um trilho, indo em direção ao que tanto procurava. Suas mãos suavam, suas pernas tremiam.
Pensou em gritar e acenar para aquele que tinha certeza ser seu homem. Começou a correr em direção àquele que seria seu amado. Tropeçou e caiu entre os trilhos. Ao virar-se, viu uma enorme locomotiva que se aproximava. Desesperada, tentou se levantar e sair dali. Um apito mais forte... Um baque surdo... O choque jogou-a para perto do homem que acenava para ela.
Em um último suspiro, nos braços de seu príncipe encantado, balbuciou: “todos os caminhos levam à morte”.
8 comentários:
Viu, como o amor só pode acabar mal? Eheheh!!! Mas enfim... NADA É PERFEITO!!! Nem mesmo essa coisa que chamam de amor. Mas a crônica tá ótima... Um beijo em seu coração!!!
Pelo menos, ela achou quem procurava...
hahahahhahahahahahhahahahaha! Se fudeu! Que engraçado! hhahahahahahahahhahahaha
Oi, Luiz! Sou novata na C.D.B e vim te fazer uma visita. Espero que vc melhore logo de saúde e levante o astral. O seu texto estava tão romântico...rs... De repente o que era doce, acabou-se...rs...
A vida é assim, fazer o que?
Vamos em frente...
Beijos e tudo de bom!!!
Corrigindo...rs...
Bem, agora reparei que o texto é do Flávio...rs.. Então pra vc Flávio o meu sincero elogio.
E Luiz os meus votos de melhoras na sua saúde!!!
Beijos pra vcs!!!
Uau, Flávio!! hehehe.. Eu lí o blog todo, desde o começo, todos os posts, e não poderia imaginar este fim para o assunto deste mês(digo, uma cronica assim pra fechar) e inda mais para este texto..rss.. Eu acredito no amor! que se manifesta de várias formas, como foi citado nos posts de vcs.. Querido, o blog inteiro é show, todos os escrevinhadores estão de parabéns, está nos meus favoritos, pq quero ler os próximos posts! Sábado tem mais, vai ser outro assunto né?! Eu voltarei sempre pra conferir!! BJos! Até breve!
Bem, no caso dessa moça, o caminho de ROMA/AMOR, realmente veio de uma maneira bem triste no fim, mas não estaria o rapaz acenando p/q ela visse o trem? Vale como pensamento! Ou quem sabe a continuação para um novo post?
Querido, que belo texto...Será que vou acabar assim?Sonhando com o principe encantado e de repente...me deito aos braços da morte...
Beijos doces para ti...
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