o h i a t o e n t r e a s p a l a v r a s
Como a caneta busca papel e palavras completam espaços em branco, como a voz dá cor à espera, discursos comovem e arrancam aplausos. Como a língua busca o beijo e o beijo cala a palavra vã, o sacerdote se esquiva da dúvida para sustentar a fé de um séqüito de céticos ávidos pelo paraíso virtual.
Todo fanático sabe.
Impor: pelo medo, pelo credo, pelo beijo, pelo desejo, pelo certo e pelo errado.
Como a guerra sustenta o generalato, a galopada corta o vento enraizado rumo ao leste.
Como um sorriso que esconda em si a maldade que o tempo usurpou, como a agulha busca a veia, a raiva toma o lutador. De um cano a bala parte e o ponto cego ofusca olhos que não olham nada.
Visões desfocadas pelo belo e o medo do incerto.
Como a mentira toma pra si o teor das trevas e toda confissão precede a sentença ainda que tardia e mesmo que falhe. A dúvida precede a confiança, que é o que deve ficar depois de tudo.
Depois de tudo.
Intermitentes presságios a martelar a consciência, orações que buscam respostas, respostas sem perguntas, o jogador que na sorte aposta, o amor daquilo que não se gosta, o silêncio entre as canções, busco o hiato entra as palavras.
Todo fanático sabe.
Impor: pelo medo, pelo credo, pelo beijo, pelo desejo, pelo certo e pelo errado.
Como a guerra sustenta o generalato, a galopada corta o vento enraizado rumo ao leste.
Como um sorriso que esconda em si a maldade que o tempo usurpou, como a agulha busca a veia, a raiva toma o lutador. De um cano a bala parte e o ponto cego ofusca olhos que não olham nada.
Visões desfocadas pelo belo e o medo do incerto.
Como a mentira toma pra si o teor das trevas e toda confissão precede a sentença ainda que tardia e mesmo que falhe. A dúvida precede a confiança, que é o que deve ficar depois de tudo.
Depois de tudo.
Intermitentes presságios a martelar a consciência, orações que buscam respostas, respostas sem perguntas, o jogador que na sorte aposta, o amor daquilo que não se gosta, o silêncio entre as canções, busco o hiato entra as palavras.
wallace puosso
4 comentários:
Mais uma primorosa prosa cheia de versos. É muito bom passar por aqui e ver um texto com tamanha qualidade... Valeu companheiro Escrevinhadô...
Pois é. Nenhuma prosa cheia de poesias consegue sobreviver sem visitas. ë uma pena, mas nosso blog está abandonado. Nem mesmo os membros conseguem vir aqui e comentar um texto de um companheiro. Estou decepcionado... Muito decepcionado... Acho uma merda ter que tomar esse tipo de atitude, de chamar a atenção dos Escrevinhadores, porém, não posso me calar...
Acho que é o sono... mas eu não consigo nem pensar direito, aqui, com o que estou lendo em seu texto, compa Puosso... vou voltar mais tarde, depois de uma boa dormida, pra me retificar...
Grande abraço!
ps: compa Perina, eu tô sempre aqui!
I still enjoy the sound of silence...
Muitas vezes, o silêncio fala mais...
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