sexta-feira, 15 de junho de 2007

Até que a morte os separe

“Mulher tenta se jogar da torre de telefonia celular após ser
abandonada pelo parceiro.”

O amor e a morte andam sempre de mãos dadas. Muita gente já matou ou já cometeu atentados contra a própria vida em nome do amor. Até mesmo na fonética o amor e a morte acabam se encontrando. Amor/A mor te, talvez por isso a expressão “morrer de amor” seja tão pronunciada por poetas e românticos inveterados.
Esse sentimento de querer morrer por amor já acometeu muita gente, mas principalmente as mulheres são vítimas desse tipo “loucura temporária”, a maioria dos casos de tentativas de suicídios passionais, as têm como protagonistas. Quantas vezes voocê já não teve um pensamento suicida?
O homem, com seu espírito machista, geralmente, reage de forma diferente, ao invés de atentar contra a própria vida parte para o ataque e procura agredir a ex-parceira ou até mesmo a pessoa com quem ela esteja convivendo ou até mesmo os filhos, que se tornam vítimas de sua ignorância. Tenho certeza que muitos dos que estão lendo este texto, já tiveram pensamentos insanos como esse, seja por ciúme ou por confundir sentimentos.
Mas, muitas vezes, como em uma novela a morte pode aproximar duas pessoas. Muitos romances podem começar de uma tentativa de cometer uma loucura. Afinal, nessas horas, o ser humano está mais frágil e pré-disposto a se agarrar na primeira “tábua de salvação” que aparecer. Pode ser em um momento como esse o grande amor irá aparecer na vida de uma pessoa. Mas, um alerta: não atentem contra a vida para ter uma chance de conseguir um grande amor. Tente, isso sim, ser mais observador. Pode ser que ele esteja mais próximo que imagina, afinal, o amor está na vida. O grande amor pode morar ao lado ou ter convivido com você a vida inteira e ainda não haver se revelado de forma clara. Procure, busque, nunca desista. Se um lhe abandonou o outro pode estar esperando a grande oportunidade de se jogar, não de cima de uma torre de telefonia celular, porém em seus braços e querendo viver uma paixão avassaladora, para depois se transformar em um grande amor, para, no final da vida, existir uma bela e profunda amizade e respeito, recheada de muito sexo e emoção, até que a morte os separe.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

O e I


NA ESCOLA


Em seu primeiro dia de aula, Fábio emperrou na porta da sala de aula. Estava com medo da escola nova, pois não conhecia ninguém ali. Para um menino fraco e pequeno que estava na primeira série, era um medo justificável. Paralisado na porta, interrompia o caminho da grande e espaçosa Laura...
- Menino, sai da minha frente, por favor?
Quando se preparava pra responder... levou um empurrão [tapão] nas costas e voou cerca de um metro e meio pra dentro da sala.
Chorou e tomou (por todos os dias letivos até o ínicio da terceira série) despeito da atitude grosseira da nova coleguinha. Isso porque a tal infernizava o pobrezinho. Chamava de fracote, nerd, boboca, magrelo, esqueleto, palito-de-dente. Pegava material sem pedir. Quebrava seus brinquedos até que ele parou de trazer. Às vezes até dava uns tapas, pois na maioria das vezes eram uns murros mesmo. Mas chegou um dia em que a gorducha foi embora para Catanduva.

NA VIZINHANÇA

- Fábio, esta é a Dona Carla, nossa nova vizinha.
- Prazer, Dona Carla – Cumprimentou o jovenzinho de doze anos.
Dona Carla era doceira. Mulher trabalhadora e muito gentil. Ótima vizinha, Fábio adorou ter uma doceira que...
- MÃE! ONDE tem mais daquele BOLO sensação?
... Tinha uma filha chamada Laura.
Saindo para o portão, lá estava a mesma gorduchinha enérgica, maior e mais espaçosa. Pois é... vejam como são as coisas... O pesadelo voltou para Fábio, mas agora, com 13 anos.
- Laura deve começar a ir para a mesma escola que Fábio a partir de amanhã. – Comenta Dona Carla.
Ótimo. Chegou o tempo para Fábio ter a sua desforra.
Anos de vacas magras para Laura, e de gordinhas maltratadas para Fábio. Ofensas, brincadeiras de mau gosto, piadinhas no meio das aulas... Laura foi perseguida por Fábio até o terceiro colegial.

NA FORMATURA


Acabou a festa e é hora de todos se despedirem. Os amigos que passaram por tantos momentos juntos devem agora se separar e viver novos caminhos e novas aventuras.
Àquela altura do campeonato, Laura já atendia mais por “Gorda” do que por qualquer outro “apelido carinhoso” e Fábio olhava quando lhe chamavam por Palito-de-Dente. Talvez o momento mais solene da cerimônia foi quando o Palito-de-Dente foi pedir desculpas à Gorda por todas as ofensas e brincadeiras estúpidas que se decorreram no colegial.
A Gorda por sua vez também se desculpou por todos os danos feitos, o material quebrado e os bofetes dados desde os tempos do primário. E não é que pela primeira vez se abraçaram?
Se acha pouco, eles também trocaram telefones, já que a Gorda não morava mais num bairro próximo ao do Palito-de-Dente. E a troca de desculpas/telefone, teve um bom resultado. Segue.

NA IGREJA


- Irmãos e Irmãs, estamos aqui hoje celebrando o matrimônio de Fábio Souza Campos com Laura Silva Prados....
Tema do Mês: Casamento. =]